Presidente Nardi espera solução para instalação de cobertura em pontos de ônibus

Na gestão passada, a administração municipal perdeu uma grande oportunidade de exigir que as futuras concessionárias do transporte coletivo urbano se responsabilizassem pela instalação de cobertura nos pontos de ônibus, no momento de elaboração do edital de licitação. A afirmação foi feita pelo presidente da Câmara Municipal de Marília, engenheiro Luiz Eduardo Nardi, durante a sessão da última segunda-feira (13) quando a precariedade dos pontos de ônibus existentes foi debatida por vários vereadores.

Segundo Nardi, quando foram definidas as regras de concessão, “era o momento propício para isso. Tenho certeza que não traria para as empresas um ônus significativo. Isso seria absorvido na própria tarifa. Acredito que não haveria aumento de um centavo que fosse”. Agora, prosseguiu, os usuários são obrigados a “conviverem com as intempéries, com sol e chuva sem terem onde se abrigar”.

No entanto, o presidente assinalou que “será preciso encontrar alternativas para solucionar o problema. As pessoas não podem ficar, nas condições que ficam, esperando os ônibus”. Ele disse, ainda, que “algumas coisas acabam sendo mal feitas e depois trazem um prejuízo de difícil solução. Mas, será necessário encontrar uma maneira de tratar do assunto em benefício aos milhares de usuários que se utilizam do transporte coletivo urbano, diariamente”.

Segundo turno

Durante o período do “Pequeno Expediente” da sessão, quando os vereadores têm 10 minutos para abordarem livremente os temas, o presidente da Câmara aproveitou para fazer uma reflexão sobre o segundo turno da eleição presidencial, que acontecerá no dia 26 de outubro. Ele lamentou que o debate de ideias tenha sido relegado a segundo plano em uma campanha fortemente polarizada.

“Estamos na torcida para que possamos ter, neste período de segundo turno, um debate mais razoável das propostas de ambos, para que não se crie esse processo de desconstruir. Ficamos à margem do debate de questões importantes, que dizem respeito à saúde, à habitação, à reforma tributária, enfim, da situação que o País vive com o represamento de preços administrados pela União”, observou.

Nardi criticou aqueles que apostam na divisão dos brasileiros: “Gostaríamos que não se permitisse, não se estimulasse, dentro do nosso País soberanamente cristão, a divisão entre Norte e Sul, Sudeste e Nordeste. Somos todos brasileiros, independente da escolha que iremos fazer. Acho absolutamente indesejável criar divisão entre pobres e ricos, entre nordestinos e aqueles que são do Sudeste. Isso é um desserviço ao nosso pacto federativo”, reiterou.

Finalizando, o presidente da Câmara disse esperar que tanto Aécio Neves como Dilma Rousseff “discutam soluções para a saúde, sem criar ilhas da fantasia, sem criar expectativas que depois vão nos frustrar. Eu desejo muito que até as eleições possamos ouvir, dos nossos candidatos, propostas decentes compromissadas com o bem estar da população. Esperamos ter a democracia de forma limpa para que as instituições possam ter, cada vez mais, credibilidade”.