Câmara Municipal de Marília
Inauguração do Monumento aos pioneiros do município
A Comissão de Registros Históricos da Câmara Municipal de Marília inaugurou no útlimo sábado, dia 21, o monumento aos pioneiros, Antônio Pereira da Silva e seu filho José Pereira da Silva, o “Pereirinha”. Pereira foi homenageado com um busto e Pereirinha com uma placa de bronze instalados na Praça Saturnino de Brito. Os familiares dos Pereira estiveram presentes na cerimônia.
"O sonho aconteceu. O reconhecimento de meu avô e de meu pai como fundadores desta cidade. Antes uma floresta, habitada por índios e por feras, hoje uma cidade, bonita, grandiosa, que tem o nome de Marília – Símbolo de amor e liberdade, isto graças aos seus idealizadores.
Estou muito emocionada, e só tenho a agradecer. Se eu pudesse falar com meu pai, e meu avô, eu diria os seguintes versos, da poesia de Luis Homero”:
A gratidão de uma cidade
Olha para trás
Contempla a bela cidade que fundaste
A beira do caminho percorrido.
Repara nas pessoas
Elas estão numa atitude de reverencia
Às pegadas que deixaste
A lembrança de tua passagem.
Esta foi a fala da Sra. Clarice Aparecida da Silva Vicentim, filha de José Pereira da Silva, no ato da inauguração do monumento. Este foi um dia muito especial para nossa cidade que já conta com 82 anos de vida, dia em que a nossa comunidade prestou as devidas honrarias ao nosso fundador.
Estou muito emocionada, e só tenho a agradecer. Se eu pudesse falar com meu pai, e meu avô, eu diria os seguintes versos, da poesia de Luis Homero”:
A gratidão de uma cidade
Olha para trás
Contempla a bela cidade que fundaste
A beira do caminho percorrido.
Repara nas pessoas
Elas estão numa atitude de reverencia
Às pegadas que deixaste
A lembrança de tua passagem.
Esta foi a fala da Sra. Clarice Aparecida da Silva Vicentim, filha de José Pereira da Silva, no ato da inauguração do monumento. Este foi um dia muito especial para nossa cidade que já conta com 82 anos de vida, dia em que a nossa comunidade prestou as devidas honrarias ao nosso fundador.
Além da filha, compareceram também o Sr. Lincoln da Silva Vicentim, neto de Pereirinha, sua esposa e o bisneto Jonatham de Andrade Vicentim; a Sra. Nevy Valderramas e Sra. Angelina Valerramas Vidoto, sobrinhas de Pereirinha, e Sra. Iara Marlene Vidoto Miguel, sobrinha em segundo grau. Com exceção da última, todos os demais são moradores da cidade de Herculândia atualmente.
O evento começou com as bênçãos do padre Nelton, da Igreja de Santo Antonio, igreja esta fundada pelos Pereiras. Ele agradeceu aos familiares e comentou que tem no acervo histórico da igreja as fotos que registraram a instalação da capela e da primeira missa com a presença do Sr. Antonio Pereira. A iniciativa busca resgatar o aspecto da identidade cultural e histórica da cidade de Marília e o reconhecimento pelo mérito dos Perreiras de serem os fundadores do município.
ANTONIO PEREIRA DA SILVA E SEU FILHO JOSÉ PEREIRA DA SILVA (Pereirinha)
Antonio Pereira da Silva foi o primeiro homem que investiu pelo sertão ainda despovoado e sonhou a criação da cidade que hoje é o maior centro da Alta Paulista. A estrada de ferro ainda estava com as pontas dos trilhos em Piratininga e o desbravador já lançou no alto de espigão o primeiro marco da cidade. Ele teve uma antevisão de sua obra.
Escolhendo na mata o sítio para seu patrimônio, calculadas as distâncias, as localidades mais próximas e as possibilidades futuras, foi delineada a povoação que havia de ser mais tarde, em poucos anos, a urbe de hoje.
Antonio Pereira da Silva nasceu em Aveiro, Portugal, mudando-se para o Brasil com 14 anos de idade em 1881. Iniciou a vida modestamente no Rio de Janeiro, trabalhando como servente de pedreiro até os 18 anos aproximadamente.
Conseguindo acumular algumas economias deixou o ofício dedicando-se à lavoura, em propriedade que adquiriu no Estado do Rio. Sobrevindo, porém a morte de sua segunda esposa, resolveu liquidar os negócios de terra, transferindo-se para São Paulo. Fixando-se na Noroeste, travou relações com o Coronel Antonio Ferraz, um dos paladinos da região desbravada, que ajudou Pereira a ser encarregado de administrar a Fazenda Cincinatina. A propriedade abrangia uma vastidão até o divisor das águas do Rio do Peixe e Feio, existia apenas uma invernada, uma casa de madeira e dois paióis.
Com a perspectiva das estradas de ferro, Antonio Pereira da Silva soube das condições de venda de terras no espigão, que já se conhecia por haver aí um antigo cafezal, resolvendo a aquisição de uma gleba para um patrimônio, dando-lhe o nome de Alto Cafezal, por não haver ainda em São Paulo “Terra do Café”, uma cidade com o nome de cafezal ou porque esse nome lhe viesse ao espírito, quando se lhe deparou numa aberta mata os restos do antigo cafezal.
A José Pereira da Silva cabe sem possível contestação a glória de ter fundado o Alto Cafezal. Essa honra ele só a divide com seu progenitor, Antonio Pereira da Silva.
Em depoimento concedido a Balthazar de Godoy Moreira, José Pereira da Silva (o Pereirinha) esclareceu o porquê do nome Cafezal: “Levando em conta o feitiço que a palavra poderia exercer no espírito dos lavradores, ávidos de terra onde a rubiácea pudesse ser explorada e a circunstância de não haver ainda em São Paulo terra do café, uma localidade com o nome de cafezal”.
Fonte: Marília do passado ao novo milênio- Tomo I – 1905 a 1949
De: Ariovaldo Nesso Souto