Nardi, Maurício Roberto e Danilo compõem a CPI da carne estragada

por Norton Emerson publicado 20/02/2018 17h53, última modificação 20/02/2018 17h53
Anúncio oficial foi feito na tarde desta terça, pelo presidente da Câmara

Foi anunciado nesta terça-feira, 20, os nomes dos três vereadores que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar as responsabilidades no caso das 7,6 toneladas de carne, que apodreceram na Cozinha Piloto de Marília e que deveriam ser destinadas às escolas da rede municipal de ensino.

A CPI será presidida pelo vereador Luiz Eduardo Nardi (PR) que também foi o autor do pedido de abertura da comissão. O relator será o vereador Maurício Roberto (PP) e o terceiro membro será o vereador Danilo Bigeschi (PSB).

O anúncio e a assinatura do ato de composição da comissão, foram realizados pelo presidente da Câmara, Delegado Wilson Damasceno (PSDB) na sala da presidência da Câmara, com a presença dos três vereadores.

Damasceno explicou o critério adotado para a escolha dos membros da CPI.

“O principal critério foi respeitar quem, primeiro, teve a preocupação de investigar e esclarecer este caso da carne estragada. Por isso, nomeamos como presidente, o vereador Nardi. A relatoria ficou a cargo do vereador Maurício, pela sua ampla experiência em processos administrativos, dentro da corporação da Polícia Militar. Por fim, o caso envolve diretamente a área da saúde e ninguém melhor que o ex-secretário da área, Danilo Bigeschi, para também compor a CPI”.

Para o vereador Luiz Eduardo Nardi, a investigação não terá cunho político.

“Junto com os demais companheiros da CPI vamos traçar uma agenda de oitivas para tomarmos conhecimento de como as coisas aconteceram. A Casa é política, mas ela não pode ser partidária, neste instante. Por isso, vamos tratar esta investigação com total isenção”, disse.

Maurício Roberto destacou que esteve, junto com o vereador José Luiz Queiroz (PSDB), no dia seguinte ao ocorrido, na Cozinha Piloto.

“Como ninguém sabia exatamente a quantidade de carne estragada, fomos ao local para obter esta informação. O secretário Helter Bocchi (Educação) nos disse que, no dia anterior, foram encontradas 7,6 toneladas de carne, impróprias para o consumo, segundo a vigilância sanitária. O que percebemos é que a câmara fria não oferecia condições mínimas para suportar aquela quantidade de carne. Logicamente que a CPI irá apurar o real motivo que levou esta carne a se deteriorar”.

Para o terceiro membro da CPI, Danilo Bigeschi, a população precisa ter uma resposta sobre o que houve com a carne da merenda.

“Um fato gravíssimo e de risco à saúde pública e a Câmara Municipal não vai se furtar a apurar e investigar e colaborar com estas investigações, para que isso seja esclarecido o mais rápido possível. Iremos avaliar desde quando isso vem acontecendo e de que forma isso pode ser modificado para que não volte a acontecer. A população precisa de uma resposta sobre o que houve e quais providências foram adotadas”, finalizou.

A CPI da carne estragada terá o prazo de 120 dias para ser concluída, podendo ser prorrogado por mais 90 dias, se necessário.