Resposta ao artigo ‘Combatendo moinhos de vento’

por Ramon publicado 18/02/2019 11h45, última modificação 18/02/2019 11h45
Racional é defender as famílias que mais precisam dos serviços públicos, como saúde, educação, transporte coletivo e assistência social. Muitos ignoram a regra da fraternidade, a de que pessoas mais abastadas devem cooperar e auxiliar as pessoas menos favorecidas
Resposta ao artigo ‘Combatendo moinhos de vento’

Criticar a inclusão das transmissões das sessões ordinárias através do rádio é elitizar o conceito de comunicação

A organização Matra mente ao afirmar que a Câmara Municipal de Marília financiou publicação da resposta nas páginas do Jornal da Manhã. Em momento algum o Poder Legislativo de Marília arcou com custos para que fosse veiculado o conteúdo referido. A entidade presta desserviço público, mentindo e induzindo a opinião pública ao erro. No caso específico da veiculação da resposta o que houve foi o respeito à Liberdade de Expressão e ao exercício da Democracia. A presidência da Câmara Municipal de Marília, através de seu presidente Marcos Rezende (PSD), e vereadores integrantes da Mesa Diretora, reiteram que nenhuma organização, associação ou quem quer que seja irá fazer lobby para atrofiar ou apequenar o Poder Legislativo e a legítima capacidade de interlocução da Câmara junto às comunidades e demais Poderes constituídos. Racional é defender as famílias que mais precisam dos serviços públicos, como saúde, educação, transporte coletivo e assistência social. Muitos ignoram a regra da fraternidade, a de que pessoas mais abastadas devem cooperar e auxiliar as pessoas menos favorecidas, as famílias carentes e as comunidades pobres. Entretanto, o que observamos em determinados setores de nossa sociedade é o acúmulo de lucros e de renda, sem que ao menos todo este patrimônio seja revertido em prol daqueles que necessitam. O que a Mesa Diretora propõe é a contratação de assessor para cada gabinete de vereador justamente para assegurar ampla possibilidade para que os legítimos representantes da população possam trabalhar mais em defesa das pessoas menos favorecidas. Pois hoje, com apenas um assessor, o acesso da população aos seus representantes acaba ficando limitado. A proposta de Lei apresentada tem parâmetros constitucionais e está em comum acordo com toda a Legislação vigente. Importante ponderar que a matéria será analisada pelo plenário e colocada em votação, cabendo a cada um dos 13 vereadores se manifestar favorável ou desfavorável. Criticar a inclusão das transmissões das sessões ordinárias através do rádio é elitizar o conceito de comunicação, esquecendo-se daquelas pessoas que possuem o saudável hábito de acompanhar as notícias pelas emissoras de rádio. Esquecem-se dos valorosos porteiros, vigilantes, donas de casas, motoristas e caminhoneiros (que já mostraram o quanto são fundamentais para as nossas vidas) que, na maioria das vezes, em face das circunstâncias de rotina e do  cotidiano profissional acabam só se informando pela programação do rádio.

Ao contrário do que propaga a organização Matra, a operacionalidade do site oficial da Câmara Municipal de Marília não compromete o acesso ao conteúdo legislativo. A Legislação armazenada está em formato de PDF e com a possibilidade de download. A organização ignora estas e outras características do portal oficial da Câmara de Marília, fazendo uma ginástica interpretativa só para corroborar as teses vencidas com as quais a referida entidade se sustenta. Mais uma vez, se vale do equívoco para se prevalecer, pois questiona até mesmo a audiência da Voz do Brasil sem ao menos apresentar dados, resultados de pesquisas ou quaisquer fontes confiáveis. Lança mão do ‘achismo’, se excedendo em juízo de valor como se fosse a sentinela iluminada ungida para dirigir o pensamento do povo.

Bom senso é um termo que a diretoria desta organização, que provou se valer da mentira e da indução, poderia ter antes de autorizar veiculações de artigos insustentáveis, a exemplo do intitulado ‘Combatendo moinhos de vento’. Texto com linha de raciocínio que flerta diretamente com o delírio.

Ao recorrer aos moinhos de vento, contextualizados na obra de Miguel de Cervantes, ‘O engenhoso fidalgo Dom Quixote de La Mancha’, a organização que se apropria da mentira para compor seus argumentos, também comprova simpatia pelo sarcasmo e ignora a autocrítica, pois nas atuais condições da transparência e da cidadania brasileira, quem mais está se aproximando de um autêntico moinho de ventos é a própria organização. Sarcasmo é o que a nossa população menos quer. Agora é o momento de lutar pelo crescimento da nossa gente. Ficar recorrendo aos elementos da literatura universal para mentir e tentar desmerecer quem de fato trabalha diariamente pela população não resulta em nada de construtivo.